DISCIPLINA

Imagine-se de cabeça para baixo com a cabeça presa nas pernas de seu pai. Sua mãe chega, retira seu short e começa a lhe bater no bumbum com um cinto de couro. Meio bizarro não é verdade? Mas a justificativa para isso era que se meu pai fosse nos disciplinar, ele bateria em qualquer lugar. Dessa forma, apenas seria disciplinado apanhando no bumbum. Algumas vezes eu e meus irmãos gêmeos (pense que é meio difícil escrever com o ônibus em movimento. o lado bom é que as idéias ficam misturadas. espero que gostem e já vou colocar a culpa no ônibus se não ficar legal) apanhávamos estilo Batman. Uma coisa concordo com meus pais, eu era muito desobediente. Precisava apenas meu pai virar as costas e eu saia correndo para jogar bola. O meu “mal” como criança era gostar de jogar bola. Por diversas vezes meu pai nos trouxe do campinho perto de casa. Odiava isso. Qual o mal de jogar bola? (olha o Ronaldinho, cheio do dinheiro) Eu apenas queria me divertir. O tempo foi passando (parece coisa de história de livro infantil “o tempo foi passando”) e depois que comecei a raciocinar (e olha como foi difícil) passei a entender o motivo da disciplina. Foram dois motivos, a princípio. Primeiro, meus pais não queriam que nos deixássemos ser influenciados pelos “colegas” a usar substâncias como maconha e outras coisas ilícitas. O segundo motivo foi porque não tínhamos controle, autodomínio ou disciplina quando jogávamos. Começava e não queria parar. A sede pelo divertimento não tinha saciedade. Hoje, podem ter certeza que foi uma das muitas coisas maravilhosas que meus pais fizeram por mim. Já diz a bíblia: “Quem ama, disciplina!” É uma provisão amorosa da parte de nossos pais. A correção quando necessária, nos faz agir como sábios posteriormente. Até agora falei como filho. Mas como pessoa, por várias vezes precisei da disciplina para aprimorar meus relacionamentos e o meu eu profissional. Uma coisa que percebi é que só tenho crescido ainda mais. No entanto há um detalhe vital, crucial para receber a disciplina: HUMILDADE. Reconhecer que necessita dela é tão importante quanto aceitá-la. Nunca condene alguém que está tentando lhe disciplinar. Certa vez vi na televisão uma mãe que acorrentou um filho para que ele não saísse de casa para usar crack. Pergunto-lhe: Você condenaria a atitude dessa mãe? Lembre-se sempre: A DISCIPLINA É PARA NOSSA CORREÇÃO E PROTEÇÃO. Se alguém precisa lhe corrigir, entenda sempre como uma provisão amorosa que traz benefícios e felicidade futura.