quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

PODEMOS SER “HERÓIS”?

É impossível ver as tragédias que estão acontecendo e ficar insensível. Hoje pela manhã ao me vestir para ir trabalhar, liguei a televisão e passava as imagens impressionantes de um resgate de uma senhora no Rio de Janeiro. Ela estava tentando resgatar seu cachorro de estimação. A enchente aos poucos destruía o local que ela estava. Um vizinho jogou a corda para ela conseguir se segurar e se salvar. Durante o resgate ela até tentou segurar seu cachorro, mas ele acabou caindo na correnteza. Fiquei transtornado com a cena. Depois me relataram que conseguiram salvar o cachorro dela. Não fui atrás dos fatos sobre o cãozinho dela pois quero acreditar que ele foi salvo. Do que aconteceu, consegui “resgatar” muitas coisas para minha vida. A fragilidade do ser humano. Por mais “importante” que possa parecer, por maior beleza que possua, por maior dinheiro que possa juntar, são insignificantes durante o poder que existe na natureza. Isso nos mostra que somos todos iguais assim como Deus já afirmava na sua palavra, a Bíblia? Procuramos fazer nossa parte ao sermos responsáveis com o ambiente que vivemos? (Apenas para constar, assisti uma reportagem onde um correspondente de uma emissora, falava que no Japão, não existe lixeiras nas ruas. Todo o lixo produzido é levado para casa. No caso dele, o condomínio tinha separação seletiva e olha que não era apenas papel, alumínio, orgânico e plástico. Existiam outros tipos de seleção para o lixo. Ele falou que isso é aprendido na escola desde muito pequeno. Faz parte da cultura deles.) Conheço pessoas que jogam lixo na rua e falam: “É para a prefeitura ter o que fazer!” Mesmo pilotando, o que me deixa irado é ver as pessoas jogando lixo pela janela dos carros e ônibus. Não precisa relatar, mas sabe-se o que acontece quando se joga lixo na rua junto com as chuvas torrenciais? Da mulher resgatada, vi que na luta pela sobrevivência, usamos forças que desconhecemos. Usamos o poder incomum que possuímos para sobreviver às atrocidades que muitas vezes nós mesmos causamos? Das pessoas que conseguiram resgatá-la, continuei percebendo que a vida sempre será o principal motivo que o ser humano deve se empenhar em salvar. Será apenas em momentos críticos ou trágicos que devemos salvar as pessoas? Ou posso usar outras formas de salvar uma vida? Gostaria de usar minhas palavras finais como forma de solidariedade para com esses personagens que me mostram que lutar pela vida é a coisa mais importante e que acreditar, mesmo que muitos sejam desacreditados, é a centelha que nos mantém vivos e solidários.

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